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Empresa ícone da fotografia mundial no século XX, responsável por tornar popular a fotografia no mundo, a Kodak foi fundada pelo americano George Eastman, inventor do filme fotográfico em rolo, em 1881. A empresa foi responsável pela criação de produtos que transformaram o mundo da fotografia. Entre eles a câmera Kodak, que acabou dando seu nome para a própria companhia.


Há 20 anos, com a chegada definitiva da era digital, a Kodak começou seu declínio; em 2009, anunciou o fim da produção de um de seus principais produtos, o filme colorido Kodachrome.


Com o fim do uso do filme e do papel, quase todo o valor da empresa desapareceu, uma vez que estava centrado principalmente em patentes do mercado de fotografia analógica. Com a chegada das câmeras digitais, seus produtos, que por mais de 70 anos foram considerados inovadores e exclusivos, tornaram-se rapidamente obsoletos.


No início de 2013, a Kodak anunciou, então, um acordo com os bancos JP Morgan e UBS e com os fundos de investimento Centerbridge e GBO, somando um aporte de quase 800 milhões de dólares para fugir da falência. Também vendeu mais de 1.100 patentes relacionadas à fotografia digital para empresas como Facebook, Google, Microsoft entre outras, por mais de US$ 500 milhões.


Neste mês, a Kodak lança seu mais novo produto, um smartphone-câmera chamado Ektra, cujo nome faz referencia a uma câmera dos anos 1940.

O novo produto é mais uma câmera do que um smartphone. Conta com um botão exclusivo para captura de imagens e um revestimento de couro lembrando as antigas câmeras analógicas e facilitando a pegada. Possui uma lente de 26,5 milímetros, com abertura f/20, estabilizador de imagem e sensor IMX230 da Sony, permitindo fazer capturas de 21MP e vídeos em 4K. Além disso, um processador Hélio X-20 com dez núcleos, mais 3GB de RAM e 32GB de armazenamento, podendo ser expandido com cartões MicroSD.


A Kodak é a prova viva de que marcas fortes nunca morrem. Mesmo com os atributos funcionais de seus produtos ficando obsoletos, perdendo praticamente todo o patrimônio acumulado em mais de um século e tendo declarado falência, a marca resiste.


E mais: ela não só resiste como se mantém presente, ainda, no mercado e na mente daqueles que têm conexões emocionais com a Kodak. São milhões de fãs aficionados pela marca ao redor do mundo. Neste caso, podemos ver o quão verdadeiro é quando se diz que o principal ativo de uma empresa é a sua marca.